História Clínica
Paciente do sexo feminino, 69 anos, com queixa de dor lombar irradiada para o membro inferior direito, que se intensificava durante a deambulação. Relatava sintomas de longa data, com piora progressiva nos últimos anos. Havia passado em diversos profissionais e realizado múltiplas opções de tratamento conservador, incluindo medicações, fisioterapia, acupuntura, RPG e, mais recentemente, infiltração lombar há menos de seis meses, sem melhora significativa.
Avaliação Diagnóstica
Na consulta, foi realizada a história clínica e exame físico completo, evidenciando quadro compatível com compressão neurológica lombar. Solicitada nova ressonância magnética, que demonstrou discopatia em L4-L5 associada a artrose facetária, resultando em estenose do canal lombar.
Ressonância magnética evidenciando quadro discopatia e artrose (vermelho) gerando compressão dos nervos (azul).
A estenose do canal lombar ocorre quando há um estreitamento do espaço por onde passam os nervos da coluna. Esse estreitamento gera compressão neural, manifestando-se principalmente por dor lombar com irradiação para os membros inferiores, muitas vezes associada a dificuldade para caminhar ou permanecer em pé por longos períodos.
Saiba mais sobre a estenose espinhal.
Tratamento
Diante do insucesso das múltiplas tentativas de tratamento conservador, optamos pela abordagem cirúrgica. Foi indicada a descompressão lombar minimamente invasiva por vídeo, técnica que permite aliviar a compressão sobre os nervos através de pequenas incisões e mínima agressão aos tecidos.
O procedimento é realizado com auxílio de câmera e instrumentos específicos, permitindo uma visão direta e precisa do canal lombar. A descompressão foi completa, liberando o espaço para as raízes nervosas, sem necessidade de grandes cortes ou longos períodos de internação.
Comparativo entre as imagens pré (vermelho) e pós operatória (verde) evidenciando a descompressão completa do canal lombar.
Evolução
A paciente apresentou recuperação imediata. Já no mesmo dia da cirurgia foi possível levantar-se e caminhar com segurança, recebendo alta hospitalar algumas horas após o procedimento.
No período pós-operatório, seguiu as orientações de cuidados específicos e em poucas semanas já relatava melhora significativa da capacidade de caminhar, sem a limitação e dor que apresentava antes da cirurgia. Atualmente, encontra-se sem queixas de dor lombar ou irradiada, retomando suas atividades habituais com qualidade de vida restabelecida.
Esse caso demonstra de forma clara como a cirurgia minimamente invasiva da coluna pode oferecer resultados eficazes, seguros e com rápida recuperação, mesmo em pacientes com queixas crônicas e longas tentativas de tratamentos conservadores sem sucesso.
*Todas as informações em questão foram cedidas e previamente autorizadas pela paciente. Os registros têm caráter educativo e estão em conformidade com a especialização do médico.
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